Editorial - 14 anos 14 histórias

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Hoje é dia de aniversário ... prepara-se o bolo, festeja-se a data, recebe-se presentes e manifestações de amizade e carinho ... isto é um dia de aniversário.
A Mediateca faz anos, 14, mais precisamente. No dia 1 de Maio de 1994, teve início as suas actividades e trabalho junto dos jovens do antigo bairro da Musgueira Norte e de outros bairros vizinhos. 14 primaveras vieram, muitas luas e loas inspiraram gerações de rapazes e raparigas , que com certeza, bons e intensos momentos das sua juventude e adolescência aqui viveram.

Muitos dos actuais frequentadores do espaço à data do início da Mediateca não eram nascidos ou então possuiam tenrra idade ( o que ainda hoje acontece ). Deste modo, não têm ideia do impacto que esta valência do Centro Social teve junto dos jovens de então. Sempre procurou ser coerente na sua acção junto dos seus frequentadores; procurou nunca ceder a populismos fáceis e sedutores, arcando com isso com diversos reveses e contrariedades.

Desde início transmitir qual a sua cultura, valores e códigos; procurou envolver os demais neste " sonho" e assim fazer com que cada um sentisse um pouco mais o espaço como seu. Responsabilidade, oportunidade, escolha, iniciativa, foram atributos desde cedo valorizados e inculcados em gerações de jovens e adolescentes que por aqui passaram.

Desde 2002 que o bairro já aqui não se encontra, isto é, já há cerca de 6 anos, quase tantos quantos aqueles que a Mediateca funcionou no coração do mesmo. O presente e o futuro já não se revestem das mesmas certezas e realidades de então. Tudo se encontra em constante mudança, mudança que nem sempre é facilmente percebida e em que direcção caminha.

Depois da Mediateca outras Instituições lançaram espaços semelhantes ; hoje cada jovem tem mais espaços para frequentar e, consequentemente, possibilidade de escolha. Esta realidade trouxe desafios, incertezas, oportunidades.

Faço votos que este projecto continue fiel aos seus princípios fundadores , actualizados e adaptados ao longo do seu caminho, mas actuais. Julgo que o mais importante para quem vem, passe ou permaneça, seja não ficar indiferente ou igual ao que era ... que esta experiência o/a obrigue a confrontar-se consigo mesmo e com os que o rodeiam, de forma saudável e socialmente aceite.

Em nome da Mediateca e dos seus leitores, amigos, benfeitores e técnicos,

PARABÉNS e muito Obrigado ...

Constante Dias Rodrigues