O termo inglês “bullying” pode ser traduzido, em português, por intimidação. É uma forma de violência entre pares, geralmente crianças ou jovens, com a intenção de magoar a outra pessoa. A maioria das situações de intimidação ocorre em contexto escolar (recreios, casas de banho, refeitórios e salas de aula) ou no percurso entre a casa e a escola. Habitualmente acontece quando não existem adultos por perto. Assim, é fundamental que os pais e familiares estejam sensibilizados e aprofundem o seu conhecimento acerca deste tema.
Quais os tipos de Bullying?
- Verbal: chamar nomes, ser sarcástico, lançar calúnias ou gozar com alguma característica particular do outro (“gordo”; “caixa de óculos”; “trinca-espinhas”)
- Físico: puxar, pontapear, bater, beliscar ou outro tipo de violência física.
- Emocional: excluir, atormentar, ameaçar, manipular, amedrontar, chantagear, ridicularizar, ignorar
- Racista: toda a ofensa que resulte da cor da pele, de diferenças culturais, étnicas ou religiosas.
- Cyberbullying: utilizar tecnologias de informação e comunicação (Internet ou telemóvel) para hostilizar, deliberada e repetidamente, uma pessoa, com o intuito de a magoar.
Alguns sinais de Bullying
A criança que está a ser vítima de bullying pode:
- Estar assustada ou não ter vontade de ir para a escola;
- Apresentar fracos resultados escolares;
- Isolar-se;
- Começar a gaguejar;- Mostrar angústia;
- Deixar de comer;
- Tornar-se agressiva;
- Deixar de ter as suas economias (ou estas irem desaparecendo);
- “Perder”, constantemente, o almoço ou outros bens;
- Começar a roubar dinheiro;
- Ter medo de falar sobre o que se está a passar;
- Ter pesadelos;
- Tentar fugir;
- Tentar o suicídio.
Estes sinais podem indicar outro tipo de violência, contudo, o bullying deve ser tido em consideração.
As manifestações são diferentes de criança
Como apoiar uma criança vítima e Bullying?
Saber que uma criança está a ser intimidada pode ser perturbador. No entanto, deverá tentar manter a calma, já que reagir com impulsividade, como por exemplo, invadir a escola para pedir uma explicação poderá ser o pior a fazer. É importante que pense que, tal como aconteceu consigo, também a escola pode não saber da situação de intimidação, facto que não invalida que converse com os responsáveis, exija responsabilidades e encontrem uma intervenção integrada.
Assim, poderá apoiar a criança da seguinte forma:
- Peça à criança para lhe contar exactamente o que aconteceu e anote quem esteve envolvido, onde, quando e quantas vezes aconteceu;
- Diga à criança que ela agiu correctamente ao contar-lhe o sucedido;
- Acredite em tudo aquilo que a criança lhe contar;
- Explique-lhe que a situação de intimidação não pode ser mantida em segredo, garantindo-lhe que vai ajudá-la a resolver o problema;
- Diga-lhe que ela não é culpada pelo sucedido;
- Exercite técnicas de auto-protecção com a criança, como, por exemplo, dizer “Não” firmemente e ir-se embora.
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4 comentários:
Muito pertinente, Ana. Obrigada pelo artigo publicado. Penso que será muito útil e esclarecedor para quem quer que seja. Excelente iniciativa!
Muito bem abordado.Para um tema tão complexo,em frases curtas e faceis de ler,consegues passar a informação base para este tipo de problema que tanto tem afectado crianças e jovens, e como ajudar e/ou minimizar este tipo de situações. Muitos parabens por mais um belo artigo.
Que bom...Só podias ser do meu grupo...Tema muito oportuno...
Obrigado pelo esclarecimento.
Beijinho
L.Sousa, por favor não me voltes a chamar lindo e maravilhso que isso é bullying psicológico ... obrigado ... mais um grande trabalho
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