A Freguesia do Lumiar, uma das 53 de Lisboa, é das mais populosas, com os seus cerca de 45.000 habitantes e 30.600 eleitores.Tem fronteira com o concelho de Odivelas e freguesias de Campo Grande, S. João de Brito, Santa Maria dos Olivais, Charneca do Lumiar, Ameixoeira e Carnide.
Foi criada em 2 de Abril de 1266, faz hoje 742 anos (cf. D. Rodrigo da Cunha, Historiador, Ecl. Cidade de Lisboa, 1642, pág. 175), dado o seu crescimento em importância e população.
Em 1312, D. Dinis efectuou a partilha dos bens do Conde de Barcelos, ficando para D. Afonso Sanches, seu filho bastardo e genro do Conde, uma quinta e casa de Campo no Lumiar, a que se passou a chamar Paços do Infante D. Afonso Sanches. No reinado de D. Afonso IV, esta residência nobre tomou a designação de Paço do Lumiar, que ainda hoje se mantém e constitui um importante núcleo histórico da freguesia.
No início do séc. XVIII, era definido o Lumiar, como "um sítio de nobres quintas, olivais e vinhas", sendo os principais frutos da terra o vinho, trigo, cevada e o azeite.
Em meados do séc. XIX, realizavam-se no Lumiar três feiras anuais (Fevereiro, Junho e Agosto), todas muito concorridas, especialmente a de Santa Brígida, em que havia romaria e benção do gado.
De 1852 a 1886, esta freguesia esteve integrada no concelho dos Olivais, sendo finalmente incorporada no território da Cidade de Lisboa, em 18 de Julho de 1885.Desde os princ¡pios do séc. XIX, que a população da freguesia tem tido progressivo aumento.
Em 1903, Júlio Castilho, o pai da olisipografia, morador no Lumiar, via a velha aldeia a transformar-se, escrevendo: "o nosso Lumiar, hoje cheio de palacetes e cortado de eléctricos, carruagens e automóveis, formou um bairro da Capital".
No séc. XX, assiste-se na freguesia a um forte aumento populacional - 2.840 habitantes em 1900 para mais de 30.000 em 2000, tendo a antiga aldeia perdido, nas últimas décadas, quase definitivamente as suas características com os diversos parques habita .
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